Eva Ângelo é realizadora e montadora. Nasceu nas Caldas da Rainha onde inicia a sua formação em desenho. Fez Bacharelato em Fotografia e Licenciatura em Design de Luz e Som pela Escola Superior de Música no Porto. Na mesma cidade fez ainda formação em Design Gráfico e Multimédia no Centro Alquimia da Cor. Finaliza Mestrado em Antropologia – Culturas Visuais pela Faculdade Nova de Ciências Sociais e Humanas em Lisboa. Na educação formal e não formal trabalhou nas áreas da imagem e da montagem (2000 a 2018). Foi colaboradora no Serviço Educativo da Apordoc (Associação pelo Documentário) no Doclisboa em 2013 e no Panorama em 2014. Trabalha desde 1999 na área da imagem e documentação vídeo no contexto das artes performativas. Desde 2008 trabalha também no campo das recolhas com abordagens mais etnográficas. Inicia o seu trabalho de autora no documentário em 2005. Os primeiros temas de pesquisa começaram por estar relacionados com questões dramatúrgicas no contexto das artes performativas [Em bruto (2005); Textos Secretos (2006); Informe (2007); Árvores (2008); Mudo (2009); Água (2010); Uma Comunidade (2019); Num dia de vento, atira-se ao ar (2019)]. A discussão das práticas educativas foi o ponto de partida em Revoada (2017). A recepção de cinema motivou a inquietação e o trabalho de campo dos últimos anos [Espectadores, “quanto tempo duram as obras?” (2020); Morada (2022)]. As opções formais em todas as obras são fonte e objecto de pesquisa mas nem sempre determinam a direcção de um filme. No seu trabalho de autora destaca o interesse pelos processos colaborativos em particular o diálogo com as pessoas que filma.