Alain Raoust


Alain Raoust (Nice, 1966) tornou-se assistente de realização, depois de estudar na universidade. Ao mesmo tempo, dedicou-se ao cinema experimental com filmes distribuídos por La Paris-Film-Coop, Light Cone e um grupo de jovens chamado Molokino. A partir daqui e a partir do encontro dos primeiros filmes de Philippe Garrel, surgem as suas curtas-metragens: L’Hiver Encore (1989), La Fosse Commune (1990); e uma longa-metragem: Attendre le Navire (1992), protagonizada por Pierre Clementi, Benoît Régent e Pascal Greggory. Este último filme, formalmente singular, permanece inédito no cinema.

Em 1994, ele retoma uma linguagem mais tradicional, realizando um curta-metragem intitulada Muette, est la Girouette, uma carta aberta a Florence Rey, depois da prisão. Em seguida, faz outra curta: La vie Sauve(1997 – Grand Prix du festival Côté Court de Pantin).Com uma mise en scène refinada, o filme conta a história do exílio na França de duas jovens bósnias e o regressp de uma delas a Sarajevo. Impulsionado pelas críticas, o filme estreia em sala em 1998.

Segue-se La Cage (2002 – competição oficial do Festival de Locarno – Prix de La Critique Internationale et Prix Œcuménique), com Caroline Ducey. Esta é a história de uma jovem que sai da prisão, com apenas uma ideia em mente: encontrar o pai do menino que ela matou. O filme é tanto um western contemporâneo, como um retrato de uma mulher intransigente, e tem um reconhecimento quase imediato.

L’Été Indien (2007), com Johan Leysen, Déborah François e Guillaume Verdier, que conta com a participação de Johanna Ter Steege e Brigitte Sy, é a história do colapso de um homem minado pelo medo do fracasso, mas também pela impossibilidade de aceder a um sonho que acreditava ser acessível. É uma história de perda, fracasso, mas também de reuniões inesperadas. L’Été Indien deve a sua respiração romântica aos livros de Russel Banks e à colaboração de Olivier Adam nos cenários.

Desde 2003, Alain Raoust dá aulas de realização num atelier da Universidade Paris 8.